KLARA CASTANHO: VIOLÊNCIA SEXUAL, GRAVIDEZ, ADOÇÃO E VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA SOFRIDA RECENTEMENTE PELA JOVEM ATRIZ
A atriz de 21 anos, Klara Castanho passou a ser um dos assuntos mais comentados da internet após divulgar uma carta no sábado, contando sobre uma violência sexual que sofreu e que acabou engravidando.
Após sofrer o estupro que deixou a jovem a atriz muito abalada emocionalmente, seguiu a vida em silêncio a respeito do caso e inclusive relata que não sabia da que seu corpo não apresentou nenhum sintoma. Em maio ela deu a luz a uma criança e decidiu entregá-la para a adoção por meios legais no hospital, que infelizmente deixou vazar a informação sigilosa para alguns colunistas, não desrespeitando assim o pedido de Klara.
COMO TUDO COMEÇOU
Em 24 de maio o jornalista Matheus Baldi publicou um post falando que a atriz Klara Castanho havia dado a luz a uma criança, porém apagou na sequência a pedidos da atriz. Mas na semana passada, Antônia Fontenelle fez uma live em que num bastante agressivo comentou sobre a história de uma atriz de 21 anos ter engravidado e depois dado o filho para a adoção. Fontenelle não citou o nome da Klara mas o tom usado para julgar o acontecimento foi bastante agressivo.
No sábado, a atriz escreveu uma carta e veia a público na rede social expor os acontecimentos trágicos de sua vida na rede social. A jovem contou que após o ato do estupro ela tomou a pílula do dia seguinte e prosseguiu a sua vida bastante abalada, que seguiu menstruando normal e nem ganhou peso. Quando procurou o médico sentiu-se novamente violentada porque o profissional a obrigou a ouvir o coração da criança, mesmo contra a sua vontade “Esse profissional me obrigou a ouvir coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-la…”, escreveu ela na carta que publicou.
A jovem ainda relata que quando o bebê nasceu e ela tomou a decisão de dá-lo para a adoção, uma profissional do hospital que a atendeu acabou por ameaçá-la na sala de cirurgia usando as frases de coação “Imagine se tal colunista descobre essa história”. Mesmo vivendo aquele momento delicado, bastante trágico para ela a enfermeira não soube respeitar o sigilo exigido pela atriz e ao retornar para o quarto, colunistas enviaram mensagens confirmando que já sabiam de todo o caso.
Para ir mais a fundo no caso, é importante saber que a mulher tem seu direito de não querer ficar com a criança mesmo que não tenha sido fruto de um estupro, ela doar o bebê assim que nasce para a adoção.
“Toda mulher, ainda que não seja vítima de um estupro, que queira não ficar com um bebê, ela tem esse direito. A lei confere a ela esse direito. Inclusive o direito ao parto de maneira sigilosa.”, são as falas da advogada Fayda Belo.
PESSOAS ENVOLVIDAS E POSSÍVEIS PROCESSOS
Os nomes mais envolvidos nesse caso delicado são de Antônia Fontenelle e do colunista Léo Dias do site Metrópoles. A advogada Fayda Belo já informou que os dois colunistas podem responder por difamação nesse caso, por publicar informações não liberadas pela vítima da situação.
Léo Dias se manifestou ontem, domingo (26) publicando um texto com pedido de desculpas a jovem atriz. Ele fez questão de reconhecer o erro e falou que não deveria ter escrito nenhuma linha sobre esta história e que errou feio ao fazer qualquer comentário sobre algo que não tinha o direito de opinar. A diretora de redação do Metrópoles, Lilian Tahan, fez questão de vir a público dizer que “O site expôs de forma inaceitável os dados de uma mulher vítima de violência brutal e que a matéria foi retirada do ar”.
Klara está recebendo apoio da família, e muitos artistas nas redes sociais pelo ocorrido que sentem pela violência que passou desde o estupro até as informações vazadas sobre alguém que tinha por direito de manter em sigilo.
O Hospital em que Klara foi atendida se manifestou e demitiu por justa causa a enfermeira que vazou as informações.