Mulheres nas Artes Marciais

Cada vez mais o mundo das artes marciais vem sendo procurado por mulheres de todas as idades. Embora a cultura machista ainda perpetue em muitos lugares, o público feminino tem cada vez mais buscado seu lugar nesse mundo.

 

Seja em busca da defesa pessoal ou da definição corporal, é visível que o público feminino está cada vez mais aparente nos tatames e ringues das academias de todo o Brasil. O aumento da procura das mulheres pelas artes marciais foi tanto que várias academias do Brasil passaram a ter turmas exclusivamente femininas.

 

Embora algumas mulheres entram nessa modalidade de esporte apenas para definir seu corpo ou aprender autodefesa, existe um percentual grande de mulheres que entraram nesse universo para competir e se tornarem campeãs. Como, por exemplo, Jhanyne Galvão, campeã mundial de jiu-jitsu e Bethe Pitbull Correia, lutadora do UFC e possivelmente a próxima desafiante do cinturão na categoria peso-galo.

 

Bethe Pitbull, disse se orgulhar do expressivo aumento no número de mulheres participando das artes marciais. Bethe é um grande exemplo das mulheres que ingressam no mundo das artes marciais com o intuito de definir seu corpo e acabo pegando gosto pela coisa. Ainda, ela afirma acreditar que isto é somente o começo.

As mulheres estão descobrindo que podem praticar lutas, que antigamente elas achavam que não levavam jeito, porque eram meio desengonçadas, que era coisa de homem, mas elas começaram a perceber que além de manter o copo bonito, elas também têm a capacidade de aprender golpes corretamente, técnicas. Então por isso que as academias hoje em dia estão tão cheias e eu me sinto muito honrada em contribuir com isso e estimular as mulheres a entrar no esporte de contato”.

 

 

No que se refere ao preconceito, Bethe relatou que já viveu épocas piores e acredita que, aos poucos, o preconceito está deixando de existir. Contudo, ela alertou para o fato de que, muitas vezes, a discriminação vem de dentro da própria casa.

 

Não acabou o preconceito, mas já andamos tão para frente, já superamos tanto, que eu já me sinto bastante feliz com isto. Existe preconceito porque muitos homens não querem ver a mulher aprender fazer um esporte de contato, como por exemplo, uma arte mais agarrada como o jiu-jitsu, porque ainda tem aquela barreira da mulher estar abraçada com outro homem, é coisa que a gente com o tempo está provando que dá para fazer, que a arte marcial ensina o que é respeitar um ao outro. As pessoas não sonham ainda quando tem um filho, que esse filho seja um lutador ou lutadora, é uma barreira que ainda vai quebrar, mas eu estou vendo que venceremos isto”

 

Willy Matheus de Souza, professor e faixa preta de jiu-jitsu, disse:

“Eu acho que não há preconceito nos tatames, acredito que há receio das mulheres em se machucar e ou ficar com um corpo masculino, o que já é mais do que provado que é um grande mito.

Eu acho que é extremamente importante a mulher treinar uma arte marcial, ainda mais nos dias de hoje que há tantos crimes violentos contra mulheres e também pelo fato de que o esporte vira uma filosofia de vida, mudando não somente a alimentação, como também o sono e algumas posturas no convívio social.

Eu treino jiu-jitsu há 14 anos, quando comecei haviam poucas mulheres nas academias e também poucas competições com mulheres. Hoje em dia o número de alunas nas academias aumentou expressivamente e também surgiram diversas competições e pesos para a mulherada se testar nos campeonatos”.

 

Mulheres nas Artes Marciais
Mulheres nas Artes Marciais (Reprodução: Foto / Internet)

 

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